A justiça francesa indiciou nesta quinta-feira a Airbus por "homicídio culposo", aquele sem intenção de matar, no caso do acidente com o avião da Air France, que, a 1 de junho de 2009 caiu no Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo, anunciou o presidente da construtora europeia, Thomas Enders.
Já a Air France foi convocada para audiência na sexta-feira, como parte da investigação, para um provável indiciamento.
"Confirmo que a Airbus foi indiciada. Desaprovamos firmemente esta decisão, que consideramos prematura", disse Enders após a decisão da juíza francesa Sylvie Zimmerman.
"Continuaremos, apesar disso, a cooperar com a investigação e com a próxima fase de buscas das caixas-pretas", acrescentou.
Novas operações de busca no mar pelos destroços do Airbus serão iniciadas no dia 20 de março numa nova zona de 10.000 km2. Será a quarta fase de busca da aeronave acidentada e das suas caixas-pretas, que poderá durar até julho. Essa etapa será dividida em três fases de 36 dias cada uma.
O indiciamento da Airbus é o primeiro na investigação da tragédia com o Airbus A330 que caiu no dia 1º de junho de 2009 no Oceano Atlântico. Apenas 3% do avião e 50 corpos foram resgatados nos dias que se seguiram à catástrofe aérea.
No atual estágio das buscas e com os dados técnicos obtidos, o Bureau de Investigações e Análises (BEA), encarregado das análises técnicas, considera que a falha das sondas de velocidade Pitot é um dos elementos que explicam o acidente, mas não pode ser por si só a causa da catástrofe.
Os especialistas consideram particularmente "tardia demais e ineficaz" a reação da Air France aos primeiros alertas sobre a confiabilidade das sondas Pitot, que servem para medir a velocidade do avião.
@AFP
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